Incubação Tecnológica de Cooperativas Populares

A metodologia da ITCP/UNEB tem se estruturado a partir da prática, sobre o fazer, através de uma aprendizagem ativa, na qual os conteúdos trabalhados têm origem na realidade social, econômica e cultural local, na interação constante entre equipe e cooperantes, num processo contínuo, trabalhando pela valorização do indivíduo e pelo resgate da condição de cidadãos.

Tem-se dado ênfase ao desenvolvimento de tecnologias sociais relacionadas com as atividades produtivas dos grupos possibilitando a oferta de produtos diferenciados. Vem se buscando o desenvolvimento de novas tecnologias, novos produtos, de modo integrado ao local, de forma sustentável.

Ressalta-se que a incubação de cooperativas populares é um processo eminentemente pedagógico que busca a autonomia dos grupos em todas as etapas – fortalecimento dos vínculos grupais; levantamento da realidade local (diagnóstico); estruturação do empreendimento (espaço de produção e legalização); construção do estatuto; formação em cooperativismo e autogestão; capacitações específicas para as atividades produtivas; construção coletiva de projetos e acompanhamento do grupo na produção e comercialização.

Pressupostos:

A incubação é um processo de educação
Construção coletiva de conhecimentos
Que se constrói a partir das atividades laborais referenciada no trabalho coletivo.
Valorização, no coletivo, do indivíduo e suas potencialidades.
Participação nos debates políticos/emancipação/empoderamento.
Construção da autonomia dos grupos a partir das realidades cotidianas.


Formação em Economia Solidária e Incubação Social

Alguns pressupostos fundamentam a metodologia e ações de incubação da ITCP/UNEB na estruturação de
empreendimentos autogestionários solidários: i) o processo de incubação é um processo de formação contínua; ii) o conhecimento deve ser produzido e socializado coletiva e permanentemente durante as atividades, da mais simples à mais complexa e, sempre dirigido para a construção das estratégias voltadas para o enfrentamento das dificuldades, exigindo do formador e do formando o desenvolvimento de uma postura crítica da sua realidade sócio-política-cultural.

Visões de mundo, do formador e do formando, são confrontadas e postas em cheque e um processo de conhecimento/autoconhecimento é construído, promovendo uma relação de confiança/afeto entre incubadora e grupos que favorece a formação de um e outro.

Todo o processo se desenvolve e tem por meta a sustentabilidade social e econômica do empreendimento, o que demanda dos técnicos e dos grupos incubados um repensar constante sobre os resultados que se vão obtendo, rever e reformular as estratégias traçadas e, na maior parte das vezes, criar e recriar condições para a efetivação de resultados.